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Cloisonné: a arte milenar dos contornos de metal e cores vívidas

Imagem: "Tripod incense burner with lid. China. Early 15th century." Acervo Metropolitan Museum of Art.

 

Entre as técnicas decorativas mais encantadoras do mundo antigo, o cloisonné ocupa um lugar especial. Com sua combinação de minúcia técnica e cores vibrantes, o cloisonné é mais do que uma forma de decoração: é um símbolo de qualidade artística e intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente.

 

O que é cloisonné?

O termo cloisonné vem do francês cloison, que significa "divisória". Trata-se de uma técnica de esmaltação que utiliza finíssimos fios de metal — geralmente cobre, bronze ou ouro — para criar compartimentos (ou "cloisons") sobre uma superfície metálica. Esses espaços são então preenchidos com esmalte vítreo colorido e queimados em forno de alta temperatura, revelando um acabamento brilhante e durável.

O resultado é uma peça com contornos metálicos visíveis e campos de cor esmaltada — como uma joia em escala ampliada. O cloisonné é frequentemente utilizado em vasos, urnas, tigelas, caixas, objetos religiosos e até joias.

 

Origens: da antiguidade à tradição asiática

 

Imagem: Par de vasos em bronze e cloisonné. China, final do século XIX. 27 cm (A) x 12 cm (L) x 12 cm (P). Acervo Arve.

 

Acredita-se que o cloisonné tenha origem no Oriente Médio, por volta do século I a.C., sendo inicialmente aplicado em joalheria. A técnica se espalhou pelo Império Bizantino e, posteriormente, chegou à China por meio da Rota da Seda.

Na China, o cloisonné floresceu especialmente durante as dinastias Yuan (1271–1368) e Ming (1368–1644), alcançando um nível de qualidade incomparável nos ateliês imperiais. As peças chinesas combinam formas complexas, esmaltação ricamente colorida e temas decorativos tradicionais como flores, nuvens, dragões e fênix. O fundo azul-turquesa — chamado de tianlan — tornou-se especialmente característico.

 

Como é feito o cloisonné?

Imagem: Porta-chá chinês em cloisonné e metal. China, da primeira metade do século XX. 11 (A) x 8 (L) x 8 (P) cm. Acervo Arve.

 

O processo tradicional envolve diversas etapas meticulosas:

 

1. Preparação da base: Uma forma metálica (normalmente de cobre) é moldada no formato desejado — vasos, tigelas, caixas, etc.

 

2. Aplicação dos fios metálicos: Fios de metal muito finos são colados ou soldados à superfície para formar os contornos do desenho.

 

3. Esmaltação: Cada compartimento é preenchido com pó de esmalte vítreo moído, colorido com óxidos metálicos.

 

4. Queima e polimento: A peça é queimada em forno e depois polida. Isso pode ser repetido várias vezes até que a superfície fique uniforme e brilhante.

 

Cloisonné pelo mundo

Apesar de mais associado à China, o cloisonné também teve grande importância no Japão — onde é conhecido como shippō-yaki. Os japoneses adaptaram a técnica com extrema delicadeza, criando fundos lisos e detalhes quase invisíveis.

Na Europa, o cloisonné foi muito utilizado em objetos litúrgicos durante a Idade Média. Já no século XIX, houve uma febre de colecionismo de cloisonné chinês e japonês entre os aristocratas europeus, tornando-se símbolo de bom gosto e apreço pela qualidade artística.

 

Imagem: "Sword Guard (Tsuba). Japanese. 18th or 19th century." Acervo Metropolitan Museum of Art.

 

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